Atrasos de testes na Linha 4 podem colocar passageiros em risco, alerta TCE
Atrasos de testes na Linha 4 podem colocar passageiros em risco, alerta TCE Testes sem usuários deveriam durar um ano, mas só começaram este mês POR LUIZ ERNESTO MAGALHÃES
O primeiro carro da Linha 4 do Metrô passa no chamado eixo olímpico - Divulgação
RIO — O Tribunal de Contas do Estado (TCE) manifestou, nesta quinta-feira, preocupação com a segurança dos futuros usuários da Linha 4 do metrô durante a Olimpíada. O motivo é o prazo curto para testes operacionais antes de a linha entrar em operação, no dia 1º de agosto, com a entrada restrita para a chamada “família olímpica” e o público que for assistir aos jogos.
Pelo contrato original, os testes sem passageiros deveriam durar um ano, sendo encerrados no fim de setembro de 2015. Posteriormente, de outubro de 2015 a janeiro de 2016, seriam realizados com passageiros. A operação comercial propriamente dita começaria em fevereiro. No entanto, os testes sem passageiros só tiveram início este mês, e vão durar apenas 60 dias. Além disso, os trens vão operar com sistema manual, já que a pilotagem automática só estará implantada no fim do ano.
O presidente do TCE, Jonas Lopes Carvalho, disse que a decisão de abertura ou não do metrô é política, mas que o governo deveria avaliar se o sistema é realmente seguro para ser inaugurado em agosto. Ele lembrou que outras obras tiveram problemas, como a queda da ciclovia da Niemeyer e a paralisação do VLT. Lopes acrescentou como motivo de preocupação é o ritmo intenso nas obras da Linha 4 para concluir os trabalhos no trecho entre Ipanema e a Barra.
Nesta quinta-feira, o TCE aprovou um relatório solicitando que, em 30 dias, o estado apresente documentos que detalhem os testes que já foram executados e as medidas que estão sendo tomadas para garantir a segurança dos passageiros. Cópias do relatório serão encaminhadas, entre outros órgão, ao Comitê Olímpico Internacional, ao Crea e ao Corpo de Bombeiros.
GOVERNO NEGOCIA EMPRÉSTIMO
Mas a Linha 4 ainda periga nem ser concluída por falta de dinheiro. Nesta quinta-feira, o secretário estadual de Fazenda, J href="http://oglobo.globo.com/rio/rio-negocia-liberacao-de-emprestimo-para-termino-das-obras-do-metro-19473360">ulio Bueno, participou de uma negociação no Ministério da Fazenda para tirar o Rio da lista de inadimplentes com a União e liberar o financiamento do BNDES para o término das obras. Segundo o governador interino, Francisco Dornelles, uma das propostas do estado é para saldar as dívidas com o Tesouro Nacional e com organismo internacionais por meio de um empréstimo de R$ 1 bilhão do Banco do Brasil, que já foi aprovado pelo Conselho Monetário Nacional e foi autorizado por uma resolução do Senado. Esse dispositivo permite a tomada de empréstimos para compensação de perda de arrecadação de royalties.
Como o estado está inadimplente com a União, não pode contratar novas operações de crédito. Um desses financiamentos, que é primordial para concluir as obras do metrô, ainda depende de o estado comprovar que está adimplente com o governo federal para ter o aval do Ministério da Fazenda e do BNDES.
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